×

Se amar para amar, em todos os sentidos

Se amar para amar, em todos os sentidos

A frase pode até ser clichê, mas continua mais verdadeira do que nunca.

Estudos da USP confirmam que com a pandemia, o Brasil é hoje, o país com mais casos de depressão no mundo – 59% dos brasileiros possuem o diagnóstico, seguido da Irlanda (57%) e EUA (55%). Você também assustou com o alto índice, não foi?

Pois é! Falar de depressão ainda é um obstáculo na sociedade. Para quem sofre dela, pode ser motivo de vergonha; para quem convive, mera frescura e na visão dos órgãos públicos, costuma não ser a prioridade nas políticas de saúde pública. Não importa quem, nem por qual motivo essa doença é desmerecida, as consequências do descaso, são quase sempre muito graves.

Segundo Olson e Von Knorring (1997), as mais acometidas são as mulheres. Além de apresentarem mais episódios depressivos, há diferenças significativas na sintomatologia em relação aos homens. E uma dessas diferenças de sintomas é justamente a perda do interesse sexual.

Imagem blog 02 - Le Ville

Tá, mas e o que isso tudo tem a ver com o título do texto lá em cima?

O sentimento de menos valia e a falta de autoconfiança presente nessas mulheres, faz parte desse pacote perigoso das consequências da depressão. No início, parecem sintomas inofensivos, mas vão ganhando força a longo prazo e geram sérios prejuízos à saúde.

Pelo que observo na minha vivência acadêmica e de profissão, me arrisco a dizer que a autoestima, ou, no caso, a falta dela, seja um dos sintomas mais ligados à perda do apetite sexual. Da mesma forma, o movimento inverso também costuma acontecer.

Autoestima “em dia” gera autoconfiança e segurança em si mesma, palavrinhas best friends do momento de prazer. Se a depressão reduz o desejo sexual, a baixa estima restringe a entrega.

Reparem como o sexo e a depressão fazem parte de uma rede completamente interligada. Da mesma forma que uma vida sexual ativa contribui para o bem-estar físico (menos doenças crônicas) e também emocional (menor risco de depressão e ansiedade), a falta de saúde sexual pode causar insegurança e ansiedade.

Imagem blog 03 - Le Ville (587x183px)

De modo mais simples, a saúde sexual faz a gente ficar mais feliz! Sim! É isso mesmo!

E quanto menos você tratar a depressão, mais ela continuará afetando a produção dos hormônios da libido.

Para terminar, me diga uma coisa. Você já deixou de fazer sexo por não se sentir segura consigo mesma?

Eu não sei se te contaram, mas a beleza é um conceito absolutamente subjetivo; nada mais é que o olhar individual sobre o mundo, as pessoas, as coisas. Trate de cuidar muito bem da forma com que você se enxerga; seja gentil com o que não lhe agrada tanto e valorize suas virtudes.

Sexo é energia, é química, é paixão, é amor, é se sentir seguro com você e seu parceiro(a), é entrega, é troca, é viver, é felicidade, é saúde.

Se ame, para amar! E para isso, cuide de você.

———-

Autora: Teresa Mota Batista, Psicóloga formada pela PUC-Minas

Referências:

http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tp/v7n2/v7n2a05.pdf

http://jornal.usp.br

 

AUTOR

Deixe uma resposta

O seu e-mail não será divulgado. Os campos obrigatórios estão marcados com *. Campos obrigatórios *

*

/*